Especialista alerta sobre os cuidados com a saúde na volta às aulas presenciais
A variante Ômicron representa 97% dos casos de contaminação
Jundiaí, SP (fevereiro de 2022) – Depois de dois anos de aulas virtuais, crianças e adolescentes estão voltando às escolas, mas os protocolos contra a COVID-19 ainda devem ser considerados uma prioridade para que esse retorno seja feito de forma segura. A coordenadora da UTI Pediátrica do Hospital Pitangueiras, Dra. Debora Scordamaglia, lembra que a variante Ômicron tem uma taxa de contágio muito elevada, o que explica o fato de responder por 97% dos casos de contaminação pela doença.
“Entendemos a importância do retorno às aulas presenciais, pois há questões que vão desde o desempenho educacional até os prejuízos à saúde mental desses jovens em decorrência do isolamento social. No entanto, precisamos manter pais e professores em alerta para que os cuidados sejam mantidos”, reforça a especialista.
De acordo com ela, o uso da máscara e a higienização das mãos são indispensáveis, assim como o distanciamento – que será um grande desafio, pois depois de tanto tempo afastados do convívio social, crianças e adolescentes vão querer abraçar os amigos ao reencontrá-los, estarem próximos e interagirem entre eles.
“Diante desse cenário, a vacinação é a forma mais efetiva de ampliar a rede de proteção para os alunos e para todos os profissionais que trabalham na escola. Sugiro que quem ainda não tomou, faça isso o quanto antes. Temos visto o resultado positivo da vacina para o não agravamento dos sintomas da doença, mas também estamos observando os hospitais com uma longa fila de espera para atendimento, o que aponta para a necessidade de manter os cuidados básicos que vínhamos seguindo”.
O pediatra explica que a identificar os primeiros sintomas, a criança ou o adolescente já não devem ir à aula para evitar a transmissão da doença. Se isso acontecer, a Dra. Debora indica que os pais utilizem outros recursos antes de procurarem pelo pronto-atendimento, pois a possibilidade de contágio da COVID-19 é elevada, além de outras doenças respiratórias.
“Se os pais tiverem acesso à consulta virtual, eu aconselho que busquem primeiro esse modelo de atendimento, pois embora a fila também esteja grande, o fato de esperar em casa é mais seguro para todos. Outra opção é agendar uma consulta com um especialista no consultório, pois também é uma forma de evitar aglomerações. O importante é que os pais estejam acompanhando a evolução dos sintomas como o aumento da febre e dificuldade para respirar”, indica a pediatra.